domingo, 15 de maio de 2011

Perdas.




Acho que nunca escrevi sobre isso. E se já escrevi, me perdi. Terminar um namoro ou uma amizade também é um tipo de perda, porém, uma perda que você pode até agradecer por ter perdido. Você pode encontrar um novo amor e ter novos amigos. Pode até reatar seu namoro e refazer a amizade. É uma perda que pode voltar, mas a perda de alguém que nunca mais vai voltar é uma dor que não passa. É um vazio no peito... É saudade que não se mata.

Perdi uma amiga no ano passado. Ela faleceu dois dias depois do meu aniversário. Sempre prometia visitá-la, mas nunca cumpria.

Estava viajando com uns amigos, era sábado pela manhã, exatamente oito horas. Meu telefone toca me informando. É difícil escrever o que senti, na verdade não sei descrever. Fiquei em estado de choque, talvez nem eu mesma me sentia. Liguei desesperadamente para casa dela quando me confirmaram. Logo depois voltei para o Rio. Minha ficha caiu no enterro, chorei e sofri muito.

Essa minha amiga tinha apenas 23 anos e se chamava Mariana. Era minha amiga prá qualquer hora, qualquer lugar... Amiga prá qualquer parada. Amiga que sei que não vou achar nunca mais. Uma das minhas melhores amigas. Nós não nos desgrudávamos.

Não cheguei a dizer e nem demonstrar o quanto a amava. O quanto ela era importante na minha vida. O quanto eu fui feliz com ela em vida e se ela estivesse aqui, muito sofrimento eu iria evitar... Porque ela era feliz mesmo doente, ela sofria sorrindo.

Aprendi a valorizar as pessoas, aprendi a ser mais fiel aos meus sentimentos, aprendi a ser mais presente, aprendi que rancor não leva a nada, aprendi que temos que cuidar em vida, porque quando morre Deus já cuida pela gente.

Te amo Mariana, prá sempre irei te amar.