terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tati Bernardi - O contrato

‘Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós.A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre.Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.’

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A louca do jardim - Por Tati Bernardi.




Pra onde vai o amor? De manhã eu preciso buscar um remédio pra minha mãe, depois tenho pilates e às 11 em ponto preciso estar na agência pra decidir um roteiro de vídeo para uma apresentação interna que o cliente vai fazer para a área comercial. Pra onde vai o amor? Quero aparecer na sua agência, subir as escadas correndo porque essa pergunta precisa ser feita de peito ofegante. Pra onde vai o amor? Você tem a apresentação de uma concorrência. E tem uma equipe, uma mesa, um lixo, um carro alto, um cabelo grande, um sobrenome importante, um quadro caro, uma ex namorada top model, dezenas de garotinhas apaixonadas. Pra onde vai o amor? Porque quando deitamos no chão da sua sala e você me perguntou "quanto tempo você demora pra dizer que ama?". Porque quando você me mandou aquele e-mail falando que dormiu bem quando me conheceu. Porque a gente estava tão nervoso no dia do Astor, Subastor. Porque eu tinha uma escova de dentes aí e você tinha uma escova de dentes aqui. Pra onde vai o amor? O que você fez com o seu? Deu descarga? O que eu faço com o meu? Dai eu te ligo, escondida no jardim da agência que eu trabalho. Chorando horrores. E te peço desculpas. "Eu sei que faz só um mês que estamos juntos mas o que você fez com o nosso amor?". Por que você ficou frio e sumiu e esqueceu e secou e matou e deletou e resolveu e foi? E você diz que está trabalhando e eu me sinto idiota. Me sinto esfolada viva pelo mundo. Me sinto enganada por anjos. Me sinto inteira uma enganação. Respiro mentiras. Visto desculpas. Ajo disfarces. Porque a gente estava sim se amando mas você correu pra levantar antes a bandeira do "se fudeu trouxa, o amor não existe". Justo você que eu escolhi pra fugir comigo das feiúras do mundo. Porque você me emprestava a mão dormindo e pedia colo vendo tv e queria me fazer camarões fritos e escondia as meias suadas quando eu chegava antes do que você esperava. E você me perguntava o tempo todo se eu percebia como era legal a gente. E então, só pra fazer parte da merda universal de toda a bosta da vida, você se bandeou pro lado do impossível e se foi e me deixou como louca, escondida no jardim da agência, chorando, te perguntando pra onde foi o amor. E você riu e disse "mas eu só estou fazendo minhas coisas". E eu me senti idiota e louca e chata e isso foi muito cruel ainda que seja tão normal. Normal não me serve não encaixa não acalma. E eu achei que a gente podia ter uma bolha nossa pra ser louco e improvável e protegido do lugar comum do mundo mediano adulto das pessoas que riem e fazem suas coisas. E tudo ficou feio, até você que é lindo ficou feio. E eu quis me fazer cortes. Porque viver é difícil demais. E todo mundo me olhando, rindo, fazendo suas coisas. E daqui a pouco eu rindo e fazendo minhas coisas. E no fundo, abafado, dolorido, retraído, medicado, maduro, podre: onde está o amor? Onde ele vai parar? Onde ele deixou de nascer? Onde ele morreu sem ser? Por que eu sigo fazendo de conta que é isso. As pessoas seguem fazendo de conta que é isso. E por dentro, mais em alguns, quase nada em outros, ainda grita a pergunta. O mundo inteiro está embaixo agora do seu lindo e refinado e chique e rico prédio empresarial de milionários. Gritando nas janelas, batendo nas portas, tirando você da sua reunião: o que você fez com o amor? Esse dinheiro todo, essa responsabilidade toda, esses milhões todos, essas pessoas todas que você quer que te achem um homem. E o amor, o que você fez com ele? Enfiou no cu? Colocou na máquina de picar papel? Reaproveitou a folha pra escrever atrás? Reciclou? Remarcou pra daqui dois anos? Cancelou? Reagendou o amor? Demitiu o amor? É o amor que vai fazer você ser isso tudo e não isso tudo que você usa pra dar essas desculpas pro amor. Porque quando eu sentei no cantinho da cama e você leu seu livro de poesias de quando era criança. Porque quando você ficou nervoso porque queria me dizer que naquele minuto não estava me amando porque você acha que amor é isso além do que você pode. Amor é só o que você já estava podendo. O que você fez com esse pouco que virou nada? Com o muito que poderia virar? Eu aleijada, engessada, roxa, estropiada, quebrada, estou na porta, esperando você, por favor, me ensina, o que fazer, vou fazer o mesmo com o meu. Vou mandar junto com o seu. Nosso amor pro inferno, longe, explodido, nada. E a gente almoçando em paz falando sobre o tempo e as pessoas escrotas e o filme da semana. Bela merda isso tudo, bela merda você, bela merda eu, bela merda todos os sobreviventes que riem e fazem suas coisas e almoçam e falam de filmes. E por dentro o buraco gigante preenchido por antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, cervejas, maconhas, viagens e mais reuniões. Pra onde foi o amor? De pé seguimos pra nunca saber, pra nunca responder, pra nunca entender. Pra onde? Você lendo o texto mais lindo da minha vida sobre o último dia morando com seus pais, você achando as moedinhas que o seu pai escondia no jardim quando você era criança, você me contando isso tudo baixinho e eu sentindo tantas milhares de coisas lindas, você falando da merda boiando e a dor dos seus fins de amor, você dormindo com seus cachinhos virados para o meu nariz, você fazendo a piada dos ombrinhos mais altos e mais baixos pra tirar sarro dos homens artistas e burocráticos, você por um mês e tanto amor. Todos os cheiros de todos os seus cantos. E agora eu louca porque não se pode sentir, porque senti sozinha, porque não se pode sentir em tão pouco tempo. Que tempo é esse quando o amor se apresenta tão mais forte e sábio que as regras de proteção? Quem quer pensar em acento flutuante quando se está voando? Quem quer pensar em pouso de emergência quando se está chegando em outro mundo melhor? E agora nada e você nada e tudo nada. O amor no planeta das canetas Bic que somem. O amor mais um como se pudesse ser mais um. O amor da vida de um mês. Você com medo de ser mais um e você único e tanto amor e tão pouco tempo. O que você fez com ele para eu nunca fazer igual? Eu prefiro ser quem te espera na porta pra entender. Eu prefiro ser quem te espera na outra linha pra entender. Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas. Do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Acima Do Sol - Skank



SÓ PORQUE ESSA MÚSICA É MINHA ... !

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota...

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...

Quando muito ainda é pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol
Mas quando sempre
É sempre nunca
Quando ao lado ainda
É muito mais longe
Que qualquer lugar...

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mau
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia...


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Respeito



O respeito tem que existir dentro do relacionamento. Se não houve no relacionamento, porque querer ter depois que termina? Não tem porque existir respeito, não existe mais ligação... Cada um faz da sua vida o que quer... Acabou, acabou.

sábado, 9 de julho de 2011




Mas tô me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, tô só obedecendo todo mundo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

De volta ...




É tanta bagunça, tanta confusão
Tanta gente, tanta destruição.
Ilusão, incerteza e traição
Mas isso, eu não mereço não

Pessoas sem palavras
Pessoas perturbadas
Pessoas inexistentes
Pessoas revoltadas

Eu vou é mesmo é voltar pro meu mundo
Onde pessoas são felizes
Onde amizade existe
Onde o amor não tem cicatrizes
Lá, é de onde eu tenho minhas raízes

Quis mudar de mundo, te apresentar o meu
Mas você se fez de bobo e não me escolheu
Te mostrei o melhor caminho
E você nem mereceu ...

Boa sorte é o que desejo
As pessoas são injustas, eu vejo
Mas a vida é assim e às vezes engana
Devemos estar por perto mesmo é de quem a gente ama.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

TELEGRAMA - Zeca Baleiro.




Só porque lembraram de mim:

Eu tava triste
Tristinho!
Mais sem graça
Que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só
Sozinho!
Mais solitário
Que um paulistano
Que um canastrão
Na hora que cai o pano
Tava mais bôbo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok...

Mas ontem
Eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju
Ou do Alabama
Dizendo:
Nêgo sinta-se feliz
Porque no mundo
Tem alguém que diz:
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,
que tanto te ama!...
Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...

Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu papa!...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Pessoas...



Mais uma vez a vida me surpreende. A vida é muito engraçada. As pessoas são muito engraçadas, aliás, na verdade não acho nada de engraçado, sinceramente, tais coisas me surpreendem de tal forma que não tenho como descrever.

As pessoas falam o que querem o que acham ser conveniente naquele tal momento prá nos sentirmos bem. Mas na verdade, não passa de uma pura invenção. As pessoas são más, elas mentem, elas manipulam e te fazem se sentir mal.

Não me declaro à melhor pessoa do mundo, tenho os meus defeitos, mas sempre fui muito fiel aos meus sentimentos e tenho que aceitar que as pessoas não são assim.
O que me dói mais, não é o fato do fim. Tudo na vida de certa forma tem um fim, mas o que mais me deixou chateada, foi o inesperado. Sem querer do dia pra noite sua vida muda.

A partir daí, paro e penso: O que as pessoas ganham com isso? O que leva um ser humano fazer isso, ou ser assim? Não sei.

Mas tudo na vida mesmo ruim, passa prá deixar algo de bom, e desta vez eu aprendi que eu te amo foi verbalizado. Que sentimento é um play, onde podemos nos divertir, que pessoas são objetos e que palavras vão ao vento.

Mesmo assim continuarei a ser a mesma pessoa de sempre. Ninguém é obrigado a amar ninguém, mas devemos respeitar o próximo acima de tudo. Devemos nos lembrar que pessoas têm sentimentos e raízes...

Talvez por sorte, tenho um dom de ter muitas pessoas em minha vida. Tenho um dom de apagar pessoas facilmente e amar outras com facilidade. E no decorrer desse tempo todo, aprendi com cada uma delas. Seja um ex namorado, um ex peguete, um ex amigo o que for! Cada um que passa, pois mais que tenha me magoado, me deixa mais forte e mais mulher, mesmo que eu continue sendo apenas uma idiota.

E o melhor disso tudo, é que eu só tenho a agradecer! Obrigada por me fazer mais forte!

domingo, 15 de maio de 2011

Perdas.




Acho que nunca escrevi sobre isso. E se já escrevi, me perdi. Terminar um namoro ou uma amizade também é um tipo de perda, porém, uma perda que você pode até agradecer por ter perdido. Você pode encontrar um novo amor e ter novos amigos. Pode até reatar seu namoro e refazer a amizade. É uma perda que pode voltar, mas a perda de alguém que nunca mais vai voltar é uma dor que não passa. É um vazio no peito... É saudade que não se mata.

Perdi uma amiga no ano passado. Ela faleceu dois dias depois do meu aniversário. Sempre prometia visitá-la, mas nunca cumpria.

Estava viajando com uns amigos, era sábado pela manhã, exatamente oito horas. Meu telefone toca me informando. É difícil escrever o que senti, na verdade não sei descrever. Fiquei em estado de choque, talvez nem eu mesma me sentia. Liguei desesperadamente para casa dela quando me confirmaram. Logo depois voltei para o Rio. Minha ficha caiu no enterro, chorei e sofri muito.

Essa minha amiga tinha apenas 23 anos e se chamava Mariana. Era minha amiga prá qualquer hora, qualquer lugar... Amiga prá qualquer parada. Amiga que sei que não vou achar nunca mais. Uma das minhas melhores amigas. Nós não nos desgrudávamos.

Não cheguei a dizer e nem demonstrar o quanto a amava. O quanto ela era importante na minha vida. O quanto eu fui feliz com ela em vida e se ela estivesse aqui, muito sofrimento eu iria evitar... Porque ela era feliz mesmo doente, ela sofria sorrindo.

Aprendi a valorizar as pessoas, aprendi a ser mais fiel aos meus sentimentos, aprendi a ser mais presente, aprendi que rancor não leva a nada, aprendi que temos que cuidar em vida, porque quando morre Deus já cuida pela gente.

Te amo Mariana, prá sempre irei te amar.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Eu aprendi ...



"... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei. Que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele. Eu aprendi que a palavra “amor” perde o seu sentido, quando usada sem critério. Que certas pessoas vão embora de qualquer maneira; que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que eu acredito."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Toda mulher deveria ter...

Um velho amor que ela pudesse recordar e alguém que se lembrasse dela como uma pessoa especial. Uma juventude que ela tenha deixado para trás com satisfação.
Um passado interessante que a permita revivê-lo quando for mais velha.
A percepção de que ela realmente terá uma velhice com algum dinheiro guardado.
Um jogo de chaves de fenda, uma furadeira sem fio e um sutiã preto de renda. Uma amiga que sempre a faça sorrir e outra que a permita chorar.
Um lindo móvel que não tenha sido herdado da família, oito pratos iguais, copos altos de vinho e uma receita que faça com que seus convidados sintam-se honrados. Uma sensação de controle sobre seu destino, cuidado com a pele e com o corpo para contrabalançar
Outros poucos aspectos da vida que não melhoram após os 30.
Uma carreira sólida, um bom relacionamento e tantos outros aspectos que melhoram após os 30. Todas as mulheres deveriam saber...
Como se apaixonar sem se perder.
Ou como sair de um relacionamento...
Como sair de um emprego ou discutir com uma amiga, sem destruir a amizade.
Quando insistir e quando desistir.
Como pedir o que quer de maneira que sinta que irá conseguir. Que ela não pode mudar o tamanho das suas coxas, a largura de seus quadris e nem o temperamento de seus pais.
Que sua infância pode não ter sido perfeita, mas já passou.
O que ela faria ou não por um amor, como viver sozinha, mesmo que não goste.
Em quem pode confiar, em quem não pode. O que ela pode ou não pode realizar em um dia, um mês e um ano.
Toda mulher deveria saber como usar este manual...
A vida iria ficar bem melhor!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ser ou parecer?



Nem sei por onde começar algo que eu já quero terminar. Quero terminar com toda essa babaquice, com essa vida chata que eu levo... Sinceramente? Poucos me conhecem!
O mais engraçado, é que acham uma pessoa que você não é! Sou explosiva, estressada, escandalosa, histérica, ciumenta, grossa... As pessoas acham que sou de ferro, que não ligo prá nada, que não choro e não sinto saudades! Elas esquecem que talvez isso seja uma fuga (ou é!) para nossos problemas, dores, estresses... Enfim, as pessoas não sabem o quanto eu sou chorona, o quanto eu amo de verdade os meus amigos e as pessoas que vivem ao meu redor, que sou maluca, porém responsável quando se diz respeito a trabalho, que sou perfeccionista e que tenho sonhos e planos!
As pessoas acham que “cago” pro mundo. De certa forma sim. Para algumas pessoas sim. Não gosto de gente querendo saber da minha vida toda hora, não sou muito fã do “perdoar” e consigo apagar pessoas com facilidade da minha vida e por um bom tempo não querer sequer estar próxima.
Nem sempre podemos nos abrir demais. E aqueles que acham que me conhecem muito bem, estão enganados. Não sou e nem faço a metade das besteiras que falo. É uma pena que ao meu redor ainda tem pessoas que pensam assim. Elas não sabem o que perdem não conhecendo a verdadeira Joyce do dia a dia. Aí é que ta... Ser ou parecer?

segunda-feira, 14 de março de 2011

É isso ... !

"A vida é passageira, por isso eu procuro aproveitar a cada segundo, cada momento! Nunca liguei pra certas coisas que não valem à pena, sempre fui muito louca! Também não sou do tipo que corre atrás das pessoas, eu sou muito do estilo ”Tô nem aí” ! Eu posso gostar hoje, amanhã não gosto mais. Eu sou muito confusa, às vezes nem eu me entendo... Mas fazer o que? Eu sou assim, e mudar não faz parte dos meus planos. "

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Você ...





Você ainda vai amar e odiar a mesma pessoa, vai querer morrer e vai querer viver mais, vai se perguntar o porque de gostar, o porque de amar! Vai rir das coisas que passou, vai rir de como você era, de como você é, e de como você pensa ser. Vai querer mudar de nome, vai querer ser outra pessoa, vai perceber que você mudou muito, ou que você sempre foi a mesma pessoa! Vai querer rir com vontade de chorar, chorar com vontade de rir, vai acreditar e desacreditar, vai se perder em sua própria vida, vai arriscar mesmo sabendo das conseqüências. Vai deixar de tentar por medo, duvidas, vai se arrepender, vai querer voar. Vai querer sumir, se mudar para outro país. Vai querer recomeçar, mesmo nunca tendo começado, vai fazer planos com outra pessoa, mesmo ela nunca ter feito parte disso. Vai depender de alguém, vai pedir ajuda. Vai perder o orgulho. Vai perceber que mesmo sendo sempre a mesma pessoa, você nunca é você mesmo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Sou sempre quem eu preciso ser!




Há um certo exagero em mim que não pode se calar. Falo muito e falo muito alto.Ouço tudo,opino sempre, ofereço ajuda mesmo quando não a pedem. Trato bem até quem não merece, mas faço questão de tratar mal a quem mereça. Digo que amo a quem precisa ouvir. Não digo nada para quem não me faz diferença. Falsidade não a pratico, mas se você for falso comigo apenas lhe oferecerei a reciprocidade. Abraço apertado, beijo sem querer parar e, geralmente, não paro. Aliás, nunca paro, se cansar de mim, me tire da tomada e me coloque para dormir. Se eu começo vou até fim, o que não quer dizer que eu siga sempre pelo mesmo caminho. Sei o que quero e busco para ter. E, quando quero, eu quero agora, quero para sempre. Quando não quero é para nunca mais querer. Tenho qualidades, tenho defeitos, sou humana, sou real, gosto dos meus erros, mas quero sempre ser alguém melhor. Carrego saudade,
sonho com lembranças, planejo o futuro às vezes preso ao passado de um tempo bom que se foi. Choro, sorrio, envergonho, esforço e me canso. A questão não é fazer, mas fazer direito. Não que a perfeição seja uma meta, mas não vou desperdiçar a minha vida almejando o imperfeito. Você que faça o que quiser com a sua. Sou sempre quem eu preciso ser!